domingo, 25 de setembro de 2011

PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS EM DIABETES

DIABÉTES

É uma doença crônica causada pela deficiência ou ausência de insulina no organismo fazendo com que as células não consigam receber a glicose que é a sua maior fonte de energia.
As células do cérebro não aguentam essa deficiência sendo as primeiras a sofrer danos com a sua falta. À insulina e um hormônio produzido pelo pâncreas, e tem como função facilitar a entrada da glicose nas células e a sua escassez faz com que se eleve o nível de açúcar no sangue podendo ocasionar inúmeras enfermidades. 


CETOACIDOSE E COMA DIABÉTICO

Cetoacidose esta denominação está ligada a hiperglicemia e ao acúmulo de corpos cetônicos (substâncias ácidas) no sangue, é uma emergência metabólica aguda. Caso não corrigida pode levar ao coma diabético. 


Sintomas
·        Palidez com a pele fria e seca;
·        Aumento da frequência respiratória ou intensificação dos movimentos respiratórios;
·        Desidratação;
·        Hálito cetônico (odor de acetona) pela acidez do sangue;
·        Pulsação elevada e rápida (filiforme);
·        Pressão arterial normal;
·        Sede constante (polidpsia);
·        Aumento do volume urinário (poliúria);
·        Redução intensa das atividades físicas e psíquica (estupor);
·        Podendo chegar ao coma.


Procedimentos
·        Caso a vítima esteja lúcida procurar saber o seu quadro clínico;
·        Saber se a vítima fez uso de bebida alcoólica;
·        Saber se a vítima está alimentada;
·        Caso a vítima vomite colocá-la em posição lateral de segurança;
·        Ficar atento na respiração e ao pulso;
·        Repassar todas as informações adquiridas para o médico.



CHOQUE INSULÍNICO (HIPOGLICEMIA)
É quando o nível de glicose contido no sangue esta em uma quantidade muito baixa, normalmente ocorre quando é utilizada uma quantidade muito elevada de insulina pelo diabético ou também por má alimentação.

Sintomas
·        Confusão mental;
·        Dor de cabeça (cefaléia);
·        Tonteira;
·        Convulsões;
·        Coma.

Procedimentos
·        Caso a vítima esteja lúcida procure saber detalhes sobre o seu problema;
·        Saber se está alimentada, se usou algum outro tipo de medicação;
·        Caso a vítima esteja lúcida, de um copo de água com açúcar;
·        Monitorar os sinais vitais;
·        Não utilizar nenhum tipo de medicação (insulina) sem determinação médica;
·        Por a vítima em posição lateral de segurança caso vomite;
·        Repassar todas as informações para o médico.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA (Adultos, Jovens e Crianças)

PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA (PCR)

Definição
É a cessação súbita dos movimentos (batimentos) cardíacos e respiratórios que pode ser revertida com a intervenção imediata.
Em nosso organismo existem órgãos e tecidos que podem permanecer sem oxigênio durante um período de tempo considerável, mas existem outros que resistem apenas alguns poucos minutos e até mesmo segundos. As células do cérebro começam a morrer após quatro minutos, com a ausência de oxigênio.



Importante

Sabemos que a ventilação artificial constitui a primeira e fundamental medida a ser aplicada durante a RCP (Reanimação Cardio Pulmonar) segundo inúmeros médicos. Isso porque a compressão torácica isolada é insuficiente para oferecer um sangue adequadamente oxigenado ao nosso corpo. Sendo assim ao iniciarmos a RCP devemos efetuar as duas ventilações evitando a morte das células do cérebro e todo o restante do organismo.
Este processo foi utilizado por longos anos, tivemos a RCP com duas (2) ventilações e cinco (5) compressões, em seguida foi mudada para duas (2) ventilações para quinze (15) compressões, ao longo dos anos foi mudada novamente passando para duas (2) ventilações e trinta (30) compressões e no final do ano de 2010 o comitê internacional (American Harth) achou por bem retirar as ventilações e passando a Reanimação Cardio Pulmonar a ter somente as cem (100) compressões torácicas por minuto, sem a utilização da ventilação artificial, pois é alegado que ao efetuarmos a compressão torácica estaremos também contraindo os pulmões, que ao voltar a posição anterior acabara recebendo oxigênio.      



Principais causas de uma parada cardio respiratória (PCR)
ü   Asfixia;
ü   Estado de choque;
ü   Intoxicações;
ü   Problemas cardiovasculares;
ü   Traumatismos;
ü   Afogamento;
ü   Choque elétrico.



OBSERVAR COM CUIDADO ALGUNS SINAIS DA P.C.R

 Ausência de pulso Deve ser verificada apenas em artéria de grosso calibre (carótida), pois reflexos podem se manter presentes por alguns segundos  em vasos de pequeno calibre.

Falta de respiração (Apnéia) É a ausência dos movimentos respiratórios, na maioria dos casos ainda ocorrem sinais fracos. Movimentos respiratórios (reflexos) espontâneos que podem ser observados alguns segundos após a instalação da PC.

Dilatação das pupilas (Midríase). As pupilas começam a se dilatar após 45 segundos de interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, sendo assim a midríase é um sinal relativamente tardio.

Sons Cardíacos. A ausência de sons cardíacos, embora seja um indicativo de débito cardíaco, nem sempre significa parada cardíaca completa.   

Preenchimento capilar. Às vezes, ainda é percebido transcorridos uns 30 segundos após a PC.

Extremidades arroxeadas (Cianose). Podem estar ausentes vários minutos após a PC.  


Principais sinais de PCR

v  Ausência respiratória;                                                    
v  Ausência de pulsação; (CAROTÍDEO)

Procedimentos iniciais

v   Chamar o socorro especializado pelos telefones 192 – 193;
v   Deitar o paciente em decúbito dorsal sob uma superfície rígida e plana;
v   Ajoelhe-se ao lado da vítima;
v   Efetue o CBA para constatar se realmente não há sinais vitais; 
v   Efetuar a hiperextenção do pescoço;
v   Erguer as pernas da vítima num ângulo de 30° a 40°;
v   Localizar o processo xifóide (extremidade inferior do osso externo);
v   Se houver dificuldade em localizá-lo, palpar a última costela e siga-o até o centro do tórax onde esta localizada a ponta do osso externo (processo xifóide).
 


REANIMAÇÃO CARDIO PULMONAR (R C P)
(conjunto de medidas emergenciais para reativar os movimentos do coração e do pulmão)

v   Colocar uma das mãos, sobre o osso externo um dedo abaixo da linha dos mamilos ou dois dedos acima do processo xifóide;
v   Colocar a outra mão sobre a primeira com os dedos entrelaçados;
v   Manter os braços estendidos, num ângulo de 90°;
v   Iniciar as compressões baixando o osso externo cerca de 3 a 5 centímetros considerando o porte físico do paciente;
v   Realizar no mínimo 100 compressões por minutos;
v   Evitar perder o contato com osso externo da vítima caso haja outra pessoa.

                        
                                                                                                              
                                  
Seguindo o protocolo Internacional a RCP, em situações adversas é:
100 (cem) compressões cardíacas em um  minuto. Pois a própria compressão  torácica irá fazer com que haja uma compressão dos pulmões, que irá ajudar na troca gasosa.



REANIMAÇÃO CARDIO PULMONAR EM CRIANÇA

Efetuar o mesmo número de compressões realizadas em um adulto, a diferença é a utilização de apenas um braço na compressão.
Em crianças na faixa etária entre 1 a 12 anos devemos efetuar as compressões com uma única mão, efetuando compressões no osso externo abaixando-o cerca de 2 cm a 3,0 cm.



TÉCNICA DE REANIMAÇÃO CARDIO PULMONAR EM BEBÊ
(ATÉ 1 ANO)



Procedimentos iniciais

Ø   Chamar o socorro especializado pelos telefones 192 – 193;
Ø   Fazer o ABC para constatar a ausência dos sinais vitais;
Ø   Deitar a vítima em decúbito dorsal em uma superfície rígida;
Ø   Fazer a hiperextenção do pescoço e colocar as pernas do bebê levantadas em 30°;  
Ø   Posicionar-se lateralmente a vítima 
Ø   Traçar uma linha imaginária entre os mamilos pressionar com o dedo médio e anelar, abaixo da linha imaginária; 






COMO FAZER A REANIMAÇÃO CARDIO PULMONAR

Ø   Usando a polpa digital dos dedos médios e anelar comprima o osso externo até abaixar cerca de um terço da profundidade torácica do bebê (cerca de 1,5 cm). Efetuando mais de 120 compressões por minuto;
Ø   A cada compressão, tirar totalmente o peso do tórax da vítima, apenas não perder contato;
Ø   O pulso pode ser verificado com apalpação usando a artéria braquial;
Ø   Não interromper a Reanimação Cardio Pulmonar a não ser que você sinta o retorno dos sinais.